Cardeais eleitores em Roma para a escolha do novo Papa
Os 133 cardeais com direito a votarem no novo Papa e com a possibilidade de serem eleitos já se encontram em Roma, adiantou, segunda-feira, o director da Sala de Imprensa da Santa Sé.
Redação 
Segundo Matteo Bruni, 179 cardeais de todo o mundo participaram, ontem, no Vaticano, da 10.ª Congregação Geral. Entre os presentes, 133 são aqueles que vão eleger o sucessor de Francisco, durante o Conclave que arranca amanhã na Capela Sistina.
As Congregações Gerais são reuniões em que os cardeais têm a oportunidade de se conhecerem entre si – já que muitos são de recente nomeação e não residem no Vaticano – e exporem a sua visão a respeito de inúmeras temáticas, não só da Igreja, mas também sociais.
A reunião de ontem serviu para preparar o próximo Conclave e fazer reflexões sobre a situação da Igreja e suas esperanças para o futuro, noticiou, ontem, a Vatican News.
Durante a 10.ª Congregação Geral foram feitas várias intervenções, tendo sido abordados temas como o direito canónico e o papel do Estado da Cidade do Vaticano, a natureza missionária da Igreja e o papel da Caritas na defesa dos pobres.
Em relação à eleição do novo Papa, segundo Matteo Bruni, muitos expressaram o desejo por um pastor próximo do povo, que seja “porta de comunhão, capaz de reunir todos no sangue de Cristo, num mundo marcado pela crise da ordem global”.
As atenções dos fiéis católicos – e não só – vão estar viradas, amanhã, para o Vaticano, precisamente para a Capela Sistina, onde vai decorrer o Conclave, e cujo perímetro já se encontra isolado.
Ainda não se sabe quantos dias vão ser necessários para a eleição do novo líder da Igreja Católica Apostólica Romana.
Segundo a Vatican News, entre os cardeais eleitores há aqueles que esperam que o encontro seja curto, considerando também o Jubileu em andamento, mas, ao contrário, há outros que preveem tempos longos para permitir que os cardeais “se conheçam melhor”, com vista a uma escolha acertada.
O padre angolano Pedro Sampaio, que se encontra há oito anos no Vaticano, em formação, aventa a possibilidade de o novo Papa ser conhecido a 13 de Maio, seis dias depois do arranque do Conclave.
O sacerdote justificou o seu pressentimento com a possibilidade de vir a homenagear-se Maria, de quem os Papas João Paulo II e Francisco foram devotos, e cuja data se assinala a 13 de Maio.
“A minha opinião muito pessoal, fazendo uma analogia com o 13 de Maio, dia de Nossa Senhora de Fátima, e da data de eleição do Papa Francisco (13 de Março de 2013), pode-se, por uma questão de homenagem, indicar a data de 13 de Maio (para a divulgação do nome do novo Pontífice), pois quer o Papa João Paulo II quer Francisco eram devotos de Nossa Senhora de Fátima”, arriscou.
